Baú de Memórias

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Árabes

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Os Imigrantes

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida.

A Imigração Árabe

Foram os libaneses que iniciaram um verdadeiro êxodo para os quatro continentes, tendo o Brasil como segundo destino. Subjugados os árabes pelos otomanos, que impunham à estagnação cultural, sempre que lhes era possível procuravam outras terras, que lhes possibilitasse seu próprio desenvolvimento cultural e de seus descendentes. A esses, demandaram sírios e palestinos.
A partir de 1871 até 1947 os sírios libaneses alcançaram o número de 79.509 imigrantes vindos ao Brasil.
“O sírio e o libanês optaram por uma segunda pátria, porque nela se sentem felizes, erguendo seus lares. Deram à nação brasileira, que os acolheu tão generosamente, uma descendência ativa e sadia. Suas preocupações primordiais são a sólida constituição do lar e a eficiente educação dos filhos. O lar sírio-brasileiro e líbano-brasileiro são modelos vivos da família, que serve como coeso núcleo na formação da nacionalidade, e cujo erguimento se baseou no amor, no respeito e no reconhecimento.”
Condensado de Jamil Salim Safady: História da Imigração no Brasil – As Famílias –
Ed. Cultura Brasileira-SP-1981 – Editor: Wilson Carpigiani.

Os Imigrantes Árabes em Pederneiras

Resumo histórico dos Imigrantes Árabes que se estabeleceram em Pederneiras a partir de 1887, em sua maioria, libaneses naturais de Jdeidet Marjayoun.

Os LIBANESES


Abrão José Nachef, natural de Maghdouche , chegou ao Brasil em 1927 com o filho Samy. Instalou loja de tecidos e armarinhos, secos e molhados na Av. Paulista, esquina com a Rua Washington Luiz (atual Rua 9 de Julho).
Em 1938 chegou sua esposa Maria com o filho Michel e em Pederneiras nasceu Naje.
Samy Nachef transferiu a loja para a Rua Prudente de Moraes, encerrando atividades em 1959. Foi professor de inglês na Escola Técnica de Comércio Anchieta.
Casou-se em 26 de Julho de 1938 com Georgina de Oliveira e tiveram três filhos: Omar, Samy e Suzana Nachef.
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Adib Abussamra Neme, natural de Marjaium, chegou em 1910 iniciando comércio de cereais. Em 1932 mudou-se para Piratininga retornando em 1935 quando instalou máquina de beneficiamento de arroz, café, algodão e milho. Foi proprietário de fazenda e sítios. Adquiriu uma fábrica de macarrão mantendo-a por alguns anos.
Adib A. Neme casou-se com Olívia Cury e tiveram oito filhos: Norberto, Yone, Humberto, Ivani, Adalberto, Maria Ivete, Adib e Gilberto A. Neme.
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Adib Rachid Razuk, natural de Marjaium, chegou em 1924 com o irmão Toufik trabalhar na loja de Hassib Razuk.
Em 1927 se estabeleceu com os irmãos Kataz e Toufik na Praça da Matriz com a Casa dos Três Irmãos, em 1929 com a vinda do irmão Aniz, instalou a firma Adib Razuk & Irmão com comércio de tecidos e armarinhos.
Em 1951 mudou-se para Urupês e tempos depois para Santo André.
Adib R. Razuk casou-se com Helena Agi e tiveram dois filhos: Ricardo e Vivian, formados em Direito.
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Adib Suaiden, de Marjaium, chegou em 1905, radicando-se em Pirajuí com fazenda de café. Casou-se em Bauru em 1921 com Naima Mady e tiveram oito filhos: Semi, William, Feez, Camel, Fuad, Neida, Naze e Suad.
Residiu em Pirajuí e em Bauru onde instalou o Empório Amazonas e em Gália a Rádio Marabá Paulista.
Mudou-se para Pederneiras onde adquiriu a Loja do Povo de Elias Cury, na Avenida Tiradentes mantendo-a até 1967.
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Adib Thomas Razuk, de Marjaium, chegou em 1902 seguindo para Quilombo, mudando pouco tempo depois para Pederneiras associando-se com os irmãos Francisco e Miguel na Casa Estrela do Oriente na Rua Cel. Coimbra, transferindo-a para a Rua Washington Luiz, esquina com a Rua Cel. Coimbra com tecidos, armarinhos, secos e molhados e utensílios domésticos e para lavoura.
Em 1928 foi ao Líbano onde se casou com Marie Khoury voltando em 1930.
Em 1940 tornou-se único proprietário do comércio substituindo para Casa Vermelha até 1970.
Adib T. Razuk e Marie K. Razuk tiveram cinco filhos: Norma, Jorge, Álvaro, Emil Adib (Deputado Estadual de 1975 a 1979) e Sergius Razuk.
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Agia Cheker Razuk e seus filhos Chafik, Radi, Ramez e Ramizia, de Marjaium, chegaram entre 1919 e 1926. Radi se estabeleceu na Av. Tiradentes com comércio de tecidos e armarinhos. Casou-se com Daroga Ayub e teve uma filha: Célia Razuk.
Ramez e Chafik adquiriram a Casa Primavera de Ângelo Razuk na Av. Tiradentes transferindo-a para a Praça da Matriz onde construiu um sobrado e estabeleceu a Casa Oriental no ramo de tecidos importados, roupas de cama, mesa e banho, armarinhos.
Ramez Razuk casou-se com Lídia Mussi e tiveram dois filhos: Leila, professora e Omar, bancário.
Chafik C. Razuk casou-se com Juli Razuk.
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Amadeu Salim Aly, de Marjaium, chegou em 1930, iniciou como mascate e seguida trabalhando na firma de Adib Razuk & Irmãos. Abriu um bar na Rua Cel. Coimbra e logo após mudou-se para Vangloria onde instalou armazém de secos e molhados Santa Izabel, além de criar suínos e plantar arroz, feijão, milho e algodão. Com a instalação da Usina São José tornou-se representante comercial de açúcar.
Em 1956 adquiriu a Fazenda Santa Helena com plantação de café, milho, cana e criação de gado leiteiro e suíno.
Amadeu Salim Aly casou-se com Alzira de Oliveira Barbosa e tiveram três filhos: Sueli, Suel e Amadeu.

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Ângelo Elias Razuk, de Marjaium, foi o pioneiro a vir para Pederneiras em 1887, seguido pelos irmãos Taufik, Wadih, Sad, e Jamil Elias Razuk.
Em 1895 instalou a Casa Primavera na Av. Tiradentes mantendo-a até por volta de 1927 quando a vendeu para Chafik Razuk.
Foi proprietário das Fazendas dos Patos e Santa Maria com os irmãos na produção de café.
Ângelo Elias Razuk casou-se com Georgina Barreto e tiveram nove filhos: Adib, Labib, Mahid, Maria, Alice, Myrian, Diva, Elias Ângelo e Reinaldo Razuk.

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Aniz Rachid Razuk, natural de Marjaium, chegou em 1929 associando-se aos irmãos Toufik e Adib.
Adquiriu o Bar Paulista na Praça da Matriz e renomeou-o de Bar Sírio em 1931.
No final dos anos 50 vendeu o bar e transformou o restaurante da Av. Tiradentes que fazia parte da sociedade em uma mercearia, no início denominada “Califórnia”, depois, Super Mercado São Jorge, o primeiro da cidade, permanecendo até 1973.
Em 1980 instalou nova mercearia na Avenida Paulista denominado Mercadinho Nº 1.
Aniz R. Razuk casou-se em 29 de setembro de 1948 com Odete Simão (Clér) e tiveram três filhos: Paulo César, Dr. Em Engenharia Mecânica, prof. Da Unesp de Bauru onde foi vice Reitor; Vera Lúcia, funcionária pública municipal e Luiz Fernando, bancário e comerciante.
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Assef Neme, de Marjaium, chegou em 1911 e iniciou trabalhando como mascate e em 1936 se estabeleceu na Av. Tiradentes com a Casa Botafogo no ramo de secos e molhados e tecidos com seu irmão Abdelmassi Neme.
Em 1940 instalou a Casa Santa Helena na Rua 9 de Julho, esquina com a Rua 15 de Novembro no mesmo ramo, com seu filho Amilton Neme permanecendo até 1977.
Assef Neme casou-se com Odete Ayub em 26 de janeiro de 1939 e tiveram quatro filhos: Marlene, Marli Odete, Jorge e Amilton Neme que foi vereador por três mandatos consecutivos, de 1973 a 1988, sendo presidente da Câmara no biênio 1981/82.
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Camilo Razuk, de Marjaium, chegou em 1901 associando-se ao irmão José com a Casa Central com tecidos, armarinhos e secos e molhados, na Av. Tiradentes, esquina com a Rua do Comércio (atual R. 9 de Julho).
Camilo e José Razuk foram proprietários das fazendas São Pedro, São José, Barra dos Patos com produção de café para exportação e da Cerâmica Razuk adquirida em 1927 que por muitos anos produziu telhas e tijolos de qualidade que eram vendidos para quase todos os estados visinhos, para a Bolívia e até hoje o calçamento do passeio público em frente ao Instituto Coração de Jesus são dos tijolos de José Razuk & Irmão.
Camilo Razuk casou-se com Adiba Razuk e tiveram sete filhos: Julie, Aziz, Victor, Michel, Munir, Mona e Jeanete Razuk.
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Carlos Razuk, de Marjaium, chegou em 1920, fixando-se em Guaianás. Em 1940 se transferiu para Pederneiras instalando a Loja Síria na Rua 15 de Novembro com secos e molhados, tecidos, chapéus, calçados, bebidas etc.
Carlos Razuk casou-se com Tameme Neme e tiveram sete filhos: Choi, Camel, Anis Carlos, Foze, Florinda, Armando e Jorge Carlos (Vereador de 1977 a 1982 e presidente da Câmara no biênio 1979/80).
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Cesário Rached, de Marjaium, chegou em 1905 com a esposa Menehie Rached seguindo para Itapetininga onde nasceram os filhos Emilio e Agia Rached.
Residiu em Três Lagoas e Birigui até 1932 quando se mudou para Água Limpa (Santelmo) onde, com os filhos, instalou uma loja de tecidos e armarinhos.
Em 1951 se transferiu para Pederneiras adquirindo a Casa Mady na Av. Tiradentes, esquina com a Rua 9 de Julho, tempos depois, assumiu a direção seu filho Emilio Rached.
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Elias Cury chegou em 1918 e construiu um prédio na Av. Tiradentes instalando a Loja do Povo com grande variedade de mercadorias: tecidos, armarinhos, chapéus, perfumaria, ferragens, louças, secos e molhados. Vendeu-a para Adib Suaiden em 1952.
Foi proprietário da Fazenda Paraíso e de máquina de beneficiamento de arroz, café e algodão em sociedade com seu genro Adib Neme.
Construiu a Vila Afiza (arredores do Grupo Escolar) com 25 casas residenciais.
Elias Cury casou-se com Afiza Neme e tiveram oito filhos: Julieta, Ivone, Abdala, Odila, Alice, Naintala, Olívia e Violeta Cury.
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Emil Habib Cury, de Marjaium, chegou em 1935 e seguiu para Cabrália Paulista onde se associou com seu irmão Farid Cury em comércio e com máquina de beneficiamento de arroz e café. Em 1960 mudou-se para Duartina, ali instalando comércio de secos e molhados. Foi sericicultor (cultivo de amoreiras e criação do bicho-da-seda).
Mudou-se para Pederneiras em 1972 e adquiriu a Farmácia São José.
Emil Habib Cury casou-se em 1949 com Helena Razuk com teve dois filhos: Emily Cury, professora de inglês e comerciante e Rubens Emil Cury, médico cardiologista.
Dr. Rubens foi vice prefeito de 1989 a 1992 e prefeito de Pederneiras de 1997 a 2000, reelegendo-se para um segundo mandato de 2001 a 2004.
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Farhud e Pedro Mady, de Marjaium, chegaram em 1920. Os irmãos Semi e Sumaia vieram em 1921 acompanhados da mãe, Nemra Razuk Mady.
Farhud, Pedro e Semi iniciaram trabalhando com os tios José e Camilo Razuk. Em 1922, Pedro e Farhud se estabeleceram no comércio de tecidos. Associando-se com Semi, adquiriram a Casa Central de José Razuk & Irmão na Av. Tiradentes, esquina com a Rua Washington Luiz (atual R. 9 de Julho), alterando para Casa Mady. Comercializavam café para exportação.
Semi Mady casou-se com Agia Rached e tiveram três filhos: Yara, professora, Sandra, médica anestesista e Semi Mady Filho, engenheiro civil.
Farhud casou-se com Mona Razuk e tiveram dois filhos: Riad e Charles, médicos.
Pedro Mady permaneceu solteiro.
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Farhan Massad, de Marjaium, chegou em 1920 se associando aos irmãos José, Elias e Massud já residentes em Pederneiras com loja de tecidos, armarinhos e comercialização de café. Deixando a sociedade, instalou a Casa Síria na Rua 15 de Novembro e definitivamente na baixada da Av. Tiradentes no ramo de tecidos, armarinhos etc.
Farhan Massad casou-se com Rosa Baracat com quem teve quatro filhos: Leonete, Nabila (professoras), Faiz, Advogado e Nabil Massad, médico.
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Francisco Razuk, de Marjaium, chegou em 1895. Em 1902 abriu a Casa Estrela do Oriente na Rua Cel. Coimbra em sociedade com os irmãos Adib, Miguel e Simão.
Transferiu-a para a Rua Washington Luiz (atual Rua 9 de Julho), esquina com a Rua Cel. Coimbra, agora com o nome de Casa Vermelha Estrela do Oriente, com tecidos, armarinhos, secos e molhados. Permaneceu até 1940 quando foi adquirida pelo irmão Adib.
Francisco Razuk casou-se com Saída Neme e tiveram nove filhos: Sumaia, Salua, Loriz, Thomaz, Samy, sendo Fádua , Nehia, Minerva e Naly Razuk formadas professoras.
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Hassib Razuk e seus irmãos Nagib e Alfredo Abdala Razuk, de Marjaium, chegaram em 1898.
Construíram o prédio na Av. Tiradentes com a Rua do Comércio (atual R. 9 de Julho) onde instalaram loja (no local onde hoje está o Banco do Brasil). Nos anos 20 venderam-na para Augusto Coque e mudaram-se para São Paulo.
Em 1944 voltaram a Pederneiras instalando comércio na Rua Cel. Coimbra, esquina com a Rua Belmiro Pereira.
Nagib casou-se com Najla Bayoud e tiveram oito filhos: Olinda, Vitória, Adelaide, Clarice, Wilma, Lilá, Abdala, médico e Foad Razuk, advogado.
Hassib casou-se com Farida Cury e tiveram quatro filhos: Samir, Samira, Marly e Evany Razuk.
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Jorge Neme, de Marjaium, foi um dos pioneiros vindo do Líbano a radicar-se em Pederneiras. Chegou em 1895 com a esposa Chaina Curi Neme e abriu o primeiro comércio da Rua do Comércio com a Rua 15 de Novembro no ramo de secos e molhados.
Jorge e Chaina C. Neme tiveram nove filhos: Assef, Abdelmassi, Zaquía, Adma, Ália, Ester e Vitória Neme.
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José Razuk chegou em 1897, fazendo parte dos pioneiros libaneses a se estabelecerem em Pederneiras instalando a Casa Central na atual Av. Tiradentes, esquina com a Rua do Comércio (atual R. 9 de Julho). Em 1901 chegou seu irmão Camilo, associando-se no comércio.
Em 1913 foi ao Líbano onde se casou com Assma Dabaghi, natural de Hasbaia, retornando em 1920 com a esposa e os filhos Jorge e Renée.
Em 1926 vendeu o comércio para os irmãos Mady. Em 1927 adquiriu a Cerâmica de Alberto Borseto constituindo a firma José Razuk & Irmão com a Cerâmica Razuk ao lado da Estação da Companhia Paulista.(Consulte Camilo Razuk)
Foi proprietário das Fazendas São José, São Pedro, Barra dos Patos, Lagoa e Ribeirão Grande. Foi um dos acionistas da Empresa Força e Luz Pederneiras e da Santa Casa, colaborando em todas as iniciativas da sociedade pederneirense.
José Razuk e Assma D. Razuk tiveram nove filhos: Jorge, Renée, Lily, Nelly, Helena, Nabih (formado em Direito), Emil (vice prefeito de 1973 a 1976), Nacin (comerciante) e Anis Razuk, empresário em São Paulo.
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José Sabbag chegou por volta de 1915. Em Pederneiras foi proprietário de fazenda nos Macacos com produção de café, de olaria na Vila Bambu, serraria, e máquinas de beneficiamento de café e algodão.
Construiu prédio na Avenida Tiradentes, esquina com a Rua Campos Sales onde instalou comércio com filiais em Cabrália e Gália no ramo de tecidos nacionais e importados e armarinhos. Por volta de 1933 vende-a para Manoel Usó e mudou-se para Duartina.
José Sabbag casou-se com Ália Neme e tiveram nove filhos: Salua, Salomão, Rosa, Iolanda, Semi, Orlando, Rames, Alice e Diva Sabbag.
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Khaleb Nagib Baccar, de Marjaium, veio para o Brasil em 1926 seguindo para Bocaina e dali para Barretos.
No município de Nova Europa iniciou como fiscal na Usina Itaquerê, promovido a gerente geral agrícola permaneceu por 25 anos.
Em 1956 mudou-se para Pederneiras arrendando a Fazenda São Pedro de Camilo Razuk onde plantou cana.
Implantou a Cooperativa dos Plantadores de Cana de Pederneiras.
Khaled N. Baccar casou-se em Bocaina com Paulina Fernandes com quem teve nove filhos: Wilma, Nilza, Abdel-Latif, Altiva, Fuad Amado, Carlos, Munira e Mirian Baccar.
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Kataz Rachid Razuk, de Marjaium, chegou em 1919 e iniciou trabalhando na loja de Hassib Razuk. Em 1927 se estabeleceu com loja de tecidos com os irmãos Toufik e Adib na Rua Cel. Coimbra, Praça da Matriz.
Em 1936 adquiriu o armazém de secos e molhados de Salim Simão na Av. Tiradentes, esquina com a Rua Siqueira Campos que em 1941 tornou-se a Casa Para Todos, com tecidos, enfeites, perfumaria, calçados, chapéus, louças, ferragens e em 1943 instalou a Torrefação Paulista, produzindo o Café Extra.
Kataz Rachid Razuk casou-se com Olinda Simão e tiveram uma filha: Célia Maria Razuk, professora.
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Massud José Nachef, natural de Machdouche, chegou em 1912 como professor, com a missão de lecionar inglês e árabe aos filhos de libaneses nascidos em Pederneiras.
Tempos depois instalou comércio na Praça da Matriz, transferindo-se em 1925 para a Rua Nove de Julho onde adquiriu loja de Saleme Neme.
Em 1943 se estabeleceu com a Casa Verde até 1966, quando assumiram os filhos José e Nabih. Com a saída de José em 1972, Nabih assumiu-a definitivamente até 1996.
Massud José Nachef casou-se com Alice Daye e tiveram três filhos: Odete, professora; José, contabilista e Nabih Massud Nachef, contabilista, desenhista arquiteto, comerciante e empresário, sendo proprietário do Hotel Monte Líbano.
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Massud Massad, de Marjaium, chegou em 1907 iniciando como mascate fixando-se em Água Limpa com um açougue. Mudou-se para Pederneiras e chamou seu irmão José do Líbano e tempos depois, Elias, com os quais se associou em comércio de tecidos e secos e molhados, comercializando também café e algodão.
Massud Massad casou-se com Rachida Auad e tiveram seis filhos: Abrão Massad, médico ginecologista e obstetra por 40 anos. Foi diretor clínico da Santa Casa e participante da construção da primeira Maternidade; Adélia, Adma, Aziza, Elza e Adib Massad, médico ginecologista obstetra.
José (Yussef) Ibrain Massad casou-se com Chafika Anad Massad.
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Nicolau José Nachef, de Maghdouche, chegou em 1914, a fim de lecionar inglês e matemática para os filhos de libaneses aqui nascidos.
Associou-se ao irmão Massud no comércio de queijos de Passa-quatro e na loja da Praça até 1936 quando se mudou para Água Limpa onde abriu loja de tecidos e secos e molhados.
Em 1955 se estabeleceu em Pederneiras com loja de presentes, depois para tecidos, confecções e armarinhos.
Nicolau José Nachef casou-se com Augusta Duarte de Oliveira e tiveram cinco filhos: Maria José e Terezinha, professoras; Célia, bancária; Cecília, escrituraria e Alfredo Nachef (Turco), mecânico.
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Sad Elias Razuk, de Marjaium, chegou em 1903 associando-se aos irmãos Ângelo, Jamil, Taufik e Wadih estabelecidos em Pederneiras desde de 1895.
Adquiriu com os irmãos as Fazendas dos Patos e Santa Maria, permanecendo na cidade Taufik e Sad, que assumiram a Casa Primavera na Avenida Tiradentes no ramo de secos e molhados e comercialização de café para exportação.
Sad Elias Razuk casou-se com Ricardina Telles (Diná) e tiveram cinco filhos: Farid e Jaime, comerciantes; Maria Aparecida, Helena e Lucy Razuk.
Taufik Elias Razuk casou-se com Aziza Gebara, Jamil casou-se com Marie Bayoud e Wadih voltou para o Líbano. (Consulte Ângelo Razuk).
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Said Cury, de Marjaium, chegou em 1927 e trabalhou como mascate se estabelecendo em Guaianás com loja de tecidos, armarinhos e secos e molhados.
Em 1937 chegaram a esposa Nemere Resegue Cury e os filhos Indi, Nazir e Cacilda. Aqui nasceram Michel Cury, Engenheiro Mecânico e Milton Cury, Médico.
Adquiriu o Sítio barra Seca, permanecendo em Guaianás até 1946 quando se mudou para Pederneiras instalando a Casa Cury nos altos da Av. Tiradentes.
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Saláh Eddin Salim Aly, de Marjaium, chegou em 1949 se fixando em Vanglória com o irmão Amadeu na lavoura de arroz, feijão, milho e na criação de suínos.
Em 1953 transferiram-se para Pederneiras e em 1956 adquiriram a Fazenda Santa Helena onde produziam café, milho, cana e criação de gado leiteiro e suínos.
Em 1974 assumiu a gerência da Cerâmica Massad.
Saláh Eddin casou-se com Clarice Arielo com quem teve cinco filhas: Rosmari, professora; Dalila, chefe de enfermagem; Damia, enfermeira industrial; Renata, protética odontológica e Roberta Aly, bancária e professora de educação física.
Saláh era ótimo cozinheiro na preparação das delícias da cozinha árabe.
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Saleme Neme, de Marjaium, chegou em 1896 seguindo para Jaú e depois para Pederneiras onde se tornou grande amigo do Dr. Joaquim de Sales. Foi mascate por cinco anos percorrendo estradas do município a fim de trazer a família do Líbano.
Assim, em 1901, veio a esposa Kahla Bayoud Neme com os filhos Neme, Sahida, Rosa e Nahíme Neme. Após dois anos, em 1903, nasceu Michel Neme.
Saleme se estabeleceu com loja de tecidos na Rua Cel. Coimbra com Francisco Razuk e Irmãos. Construiu um prédio na Rua Washington Luiz (atual R. 9 de Julho), instalando loja de tecidos, vendendo-a tempos depois para Massud José Nachef.
Adquiriu o sobrado na Av. Tiradentes, esquina com a Rua Siqueira Campos (antigo prédio que foi demolido pelo Bradesco).
Foi proprietário com seu filho Michel das Fazendas Santa Lúcia, Itaúna, Canelada e Maturana e mais cinco sítios. Foi sericicultor e proprietário de máquinas de beneficiamento de café, arroz e algodão.
Dos filhos de Saleme Neme, destaca-se Michel Neme, eleito por três mandatos a prefeito de Pederneiras, de 1956 a 1959, de 1964 a 1968 e de 1973 a 1976, épocas em que a cidade assistiu grande desenvolvimento pelo seu dinamismo e dedicação.
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Toufik Rachid Razuk, de Marjaium, veio para o Brasil em 1924 com seu irmão Adib, seguindo direto para Pederneiras onde trabalhou como balconista na loja de Hassib Razuk, na Rua Cel. Coimbra, esquina com a Rua Belmiro Pereira e passando depois a trabalhar na Casa Vermelha Estrela do Oriente de Francisco Razuk e Irmãos na Rua Washington Luiz (atual Rua 9 de Julho), esquina com a Rua Cel. Coimbra.
Em 1927 se estabeleceu com os irmãos Kataz e Adib na Rua Cel. Coimbra, na Praça da Matriz com a Casa dos Três Irmâos com comércio de tecidos e armarinhos. Em 1929 com a chegada de seu irmão Aniz, se associou com a firma Adib Razuk & Irmãos no ramo de tecidos, confecções, armarinhos, chapéus, secos e molhados, ferragens, louças etc. estabelecida na Rua Cel. Coimbra, esquina da Rua Belmiro Pereira. Em 1933 transferiram o comércio para a Rua Siqueira Campos, esquina com a Av. Tiradentes e finalmente na Rua Siqueira Campos, Praça da Matriz.
Em 1951 estabeleceu a firma Toufik Razuk & Irmão, permanecendo até 1973 quando se aposentou no papel, mas não do trabalho. Em 1975 reabriu a loja com os filhos com o nome de Loja do Compadre Toufik, permanecendo no local até 2005 quando mudou para Av. Tiradentes, esquina da Rua Eliazar Braga.
Toufik R. Razuk casou se com Laura Braz Razuk em 25 de Outubro de 1945 e tiveram quatro filhos: Rinaldo, comerciante, radialista, pesquisador e cultor da história da cidade; Rubens, bancário aposentado; Regina Celi e Roberto Toufik Razuk comerciantes.
Toufik Rachid Razuk foi comerciário e comerciante durante 82 anos. Recebeu homenagem do Rotary Club pelos serviços prestados à Comunidade, em 30 de Outubro de 2000; da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pederneiras em Outubro de 2001 pela sua dedicação como lojista. Participou da Loja Maçônica Deus e Caridade X.
Faleceu em Pederneiras no dia 24 de Maio de 2006 com 95 anos de idade.
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Wady Thomaz Razuk, de Marjaium, chegou em 1907 associando-se aos irmãos Francisco, Adib, Miguel e Simão na Casa Estrela do Oriente na Rua Cel. Coimbra.
Viajou ao Líbano em 1924 onde se casou com Kahla Mady regressando ao Brasil em 1926 associando-se com os irmãos até 1944 quando abriu a Casa Bandeirante no ramo de secos e molhados na Rua Prudente de Moraes, transferida para a Rua 9 de Julho em, 1967.
Wady T. Razuk e Kahla Mady Razuk tiveram cinco filhos: Margarida, Arlita, Hadel, Fuad e Rosalina.
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Os Sírios

Assad Khalil Haddad, natural de Damasco, chegou ao Brasil em 1950 seguindo para Monte Alto onde trabalhou com os primos na venda de tecidos. Mudou-se para Maringá onde teve loja de tecidos, mudando-se para Dois Córregos em 1954.
Em 1958 veio para Pederneiras onde instalou indústria de confecções masculinas até 1971.
Assad Khalil Haddad casou-se com Iracema Saturnino e tiveram quadro filhos: Faisal, industriário; Leila, Engenheira Mecânica; Fauze, bancário e Martha, professora.
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Hassan Salame Hatoun, natural de Hade, chegou em 1955 seguindo para Chavantes onde trabalhou com o tio. Mudou-se para Garça instalando comércio de cereais e máquina de beneficiamento de café. Mudou-se para Ubirajara estabelecendo firma atacadista e varejista de confecções e armarinhos.
Mudou-se para Pederneiras onde adquiriu a Casa Oriental de Chafik Razuk na Praça Dr. Joaquim de Sales, transferindo-a em 1971 para a Rua 9 de Julho juntamente com indústria de Jeans, permanecendo até 1984.
Hassan S. Hatoun casou-se com Naly Razuk e tiveram duas filhas: Cíntia, professora e farmacêutica e Cibeli Hatoun, professora e profissional em Comunicação Visual.
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Salim Simão, natural de Damasco, chegou em 1903 e se fixou em São Manoel, iniciou trabalhando como mascate com o objetivo de trazer a mãe Balbina e os irmãos Abdala, Jorge, Issa e Mary.
Em 1913 ao visitar Pederneiras para conhecê-la e rever amigos, foi convencido a mudar-se, o que fez, assim adquirindo uma casa na Rua Municipal (atual Rua Siqueira Campos) onde instalou uma relojoaria trabalhando também como ourives. Em 1918 adquiriu o prédio na Av. Tiradentes, Praça Dr. Joaquim de Sales, instalando a Casa Simão com um estoque bem diversificado, desde tecidos e armarinhos até calçados, louças, materiais para construção e vitrolas (toca discos).
Jorge e Abdala Simão instalaram comércio de gasolina e por volta de 1926, a Agência Chevrolet.
Salim Simão participou da Conferência de São Vicente de Paulo de 1924 a 1969. Foi proprietário das Fazendas Santa Carolina, São José e Boa Esperança com produção de café. Casou-se com Elisa Monte e tiveram seis filhos: Olinda, Kalil, José, Odete, Arnaldo e Elias Simão.
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Gabriel Al-Haj, de Haifa, Palestina (atual Israel), seguiu para os EUA em 1912, após um ano, veio para o Brasil permanecendo um ano no Rio de Janeiro e dali para São Paulo. Em 1915 mudou-se para Pederneiras instalando uma loja em Água Limpa (Santelmo) com tecidos, secos e molhados etc.
Em 1926, veio à cidade onde se associou com Chafik Razuk e pouco tempo depois retornou a Água Limpa vindo definitivamente a estabelecer-se na Rua Cel. Coimbra em 1928 loja de tecidos e armarinhos.
Gabriel Al-Haj casou-se com Antonia Terruel Perez e tiveram oito filhos: Jamil, Aziz, Maria, Adélia, Nair, Jair, Jamila e Camel Al-Haj que iniciou como comerciante e nos anos 40 ingressou no serviço de alto falantes de Antonio Facciolo. Com a entrada no ar da Radio Cultura em 1952 tornou-se diretor proprietário até sua morte em maio de 1980.
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Famílias Árabes que residiam em Pederneiras das quais não conseguimos dados:

José Pedran e Sra. Zarif Pedran, foi proprietário da Casa Pedran.

Chucri Eid (Cury). Pai de Ramez Cury, expedicionário da FEB, herói da Segunda Guerra em campos da Itália.

= Pesquisas: Rinaldo Toufik Razuk. - Dados fornecidos por familiares.

Actualizado em Terça, 05 Janeiro 2010 01:01  


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