Baú de Memórias

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Escola Paroquial Coração de Jesus

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Escola Paroquial Coração de Jesus

Em outubro de 1930 um grupo de pessoas, entre elas Fausto Furlani, Virgínia Furlani, Antônio Ruiz Romero, Guerta Ruiz Romero, Francisco Neubern Penteado, Ana Lídia Penteado e Antônio Florêncio Pereira, com apoio do Pe. Ernesto Cangueiro, pároco da Matriz de São Sebastião, conseguiu da Congregação das Irmãs Passionistas em São Paulo, o compromisso de assumirem a direção de uma escola. Isso só poderia ser possível sob a condição de que fosse adaptado o prédio da União de Moços Católicos, pertencente à Paróquia e localizado na rua Belmiro Pereira, esquina com a rua Santos Dumont. Assim foi fundada, em 21 de novembro de 1930, a Escola Paroquial Coração de Jesus sob a supervisão da Madre Provincial Irmã Anunciata Inanzi. Tomaram posse e assumiram a direção da escola, a Superiora Irmã Antonieta Farani e as Irmãs Joana Costa e Tereza de Paula. As portas da escola se abriram para o primeiro dia de aula em 15 de janeiro de 1931. Em 1936 uma comissão composta por Dr. Euclides de Castro Carvalho, Atílio De Conti, Adelaide Ferrarezi De Conti, Afonso Ruiz Romero, Suely de Castro Carvalho, Soledade Ruiz Pelegrina, Francisco Neubern Penteado e sua esposa Ana Lídia Pereira Penteado, Henrique Hidalgo Castilho e sua esposa Albina Rozante Castilho, foi encarregada de solicitar ao bispo diocesano de Botucatu, Frei Dom Luiz Maria de Sant’Ana, a doação do prédio onde estava instalada a escola para a Congregação das Irmãs Passionistas. Após ouvir e apreciar as argumentações dos membros da comissão, concordou com o pedido e doou o prédio à Congregação. Em 1938 foi formada uma comissão a fim de angariar donativos para a reforma do prédio. Foi constituída por Suely de Castro Carvalho, Ana Lídia Pereira Penteado, Ducília Adelina de Arantes, Albina Rozante Hidalgo, Soledade Ruiz Pelegrina, Henriqueta Pereira dos Santos, Adiba Razuk, Adelaide Ferrarezi De Conti, Anita Ruiz Fernandes e Maria Franco Esteves. O objetivo foi alcançado, pois foram arrecadados donativos suficientes para a execução das obras pretendidas. É de se realçar a execução gratuita dos trabalhos de carpintaria, pedreiros, pintores etc. Este trabalho foi realizado por José Corcioli, Jacintho Ghiraldeli e Irmãos Bigeli, bem como a doação de materiais de construção das cerâmicas de José e Camilo Razuk, Pedro Copedê, Irmãos Frascareli, João Roma, Manoel Alba e Castor Real. Houve também o auxílio da totalidade dos comerciantes da cidade além de uma quermesse no Largo da Matriz, com a colaboração de Zacarias Antonio Esteves e Rafael Torres. Na necessidade de ampliar a escola devido ao aumento do número de alunos, em três de janeiro de 1958, Monsenhor José Montezuma doou de seus recursos particulares, a importância suficiente para adquirir o prédio anexo à escola. Na ocasião, o imóvel pertencia ao espólio do Dr. Décio Pereira, que passou a pertencer à Associação Protetora da Infância de São Paulo, à qual se achava vinculada a Congregação das Irmãs Passionistas. Na década de 1960 o antigo prédio deu lugar ao majestoso edifício, que foi concluído em junho de 1968. Em 1967, a escola ficou denominada Instituto Coração de Jesus e contou com cursos infantis, primário, datilografia, cursos livres de corte e costura, bordado e música, permanecendo assim até meados dos anos noventa. Em 1989 foram encerradas as suas atividades, contrariando a vontade da população. Foram mantidos apenas os cursos de datilografia e música, ministradas por Ir. Afonsina Costa.

Merece destaque a participação de Irmã Antonieta Farani que foi a primeira Superiora do “Colégio” de Pederneiras, e por mais dois períodos, em 1936 e de 1946 a 1949, cujo processo de beatificação e canonização surgiu a partir da publicação de uma coletânea de biografias de religiosas passionistas. O Instituto Coração de Jesus encerrou todas suas atividades em 31 de dezembro de 2007, com as Irmãs Maria Célia Franco da Rocha e Virginia Quartaroli.

Texto de referência: Pederneiras sua História e sua Gente - 1988/Francisco Neubern Penteado.

Pesquisas e Complemento: Rinaldo T. Razuk.

Actualizado em Terça, 05 Janeiro 2010 00:59  


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